Braid

Upado pelo Monter

Assente no intemporal conceito das plataformas estilo Super Mario Bros., Braid apresenta-nos um jovem chamado Tim, que, de fato e gravata, parte em socorro de uma bela princesa.

O início de Braid é bastante enganador, fazendo o jogador mais incauto pensar que está numa mera cópia descarada de Super Mario, com um grafismo inovador. Contudo, após algum tempo toda a genialidade do seu design começa a vir ao de cima e deixa-nos completamente rendidos. Mais do que chegar de um ponta à outra em cada cenário, Braid inclui uma série de elementos que transformam o conceito original, dando-lhe um cunho perfeitamente renascentista.

O objectivo principal de Braid é recolher uma série de peças que compõe um puzzle com o retrato do raptor da princesa (não, não é o Bowser!). Estas peças encontram-se espalhadas pelos cenários do jogo. Aqui teremos de combater os inimigos e dar uso a toda a nossa destreza nos saltos. Contudo, tudo se transforma quando começamos a dar uso aos nossos poderes de manipulação do tempo.

Ao contrário de Prince of Persia: Sands of Time, onde o recuo incluía todos os aspectos do jogo, em Braid funciona mais como uma espécie de marcha-atrás, pois podem recolher objectos ou executar acções em locais sem fuga possível e depois voltarem para um local seguro, sem anular essas mesmas acções ou objectos recolhidos.

Braid está seccionado tendo como base esta interacção com o tempo. Em certas partes do jogo o tempo avança sempre que nos movemos para a direita, recuando quando o fazemos para a esquerda e parando quando paramos. Os puzzles e demais desafios, à partida vulgares, assumem outras proporções e perspectivas. Por exemplo, ganharemos um poder que nos permite executar múltiplas acções, emitindo uma sombra que executa o que nós executarmos durante o período de tempo recuado.

Em suma, Braid é um conjunto de novas abordagens a puzzles antigos. Uma espécie de Super Mario encontra The Lost Vikings e vão à praia com Prince of Persia. Algo novo, refrescante e simplesmente genial.

Se estes argumentos não são suficientes para vos fazerem gastar 1200 pontos no XBLA, também informo de que Braid é dos jogos mais bonitos da 360. Facilmente confundíveis com um slideshow de telas retiradas do Louvre, os níveis de Braid são absolutas obras de arte, onde pequenos seres, simples mas com carisma, se passeiam despreocupados. A cereja no topo do bolo é a banda sonora, uma espécie de ode romântica repleta de trechos memoráveis.

Braid acaba-se em pouco mais de duas horas e esse é, sem dúvida, o seu grande calcanhar de Aquiles, sobretudo tendo em conta os 1200 pontos, algo acima do normal no XBLA. No entanto, é uma experiência de jogo que qualquer um de vós não deveria deixar passar ao largo. Com um design de níveis espectacular e uma componente técnica a condizer, Braid é uma pequena pérola no oceano de jogos.

Tamanho: 180 Mbs
Servidor: RapidShare
Idioma: Multi 9 (Inclui PT-BR)
Formato: EXE/RAR

Links:
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